terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sonho Real


Sonho Real


Chegaste com teu corpo selvagem!...
Ah!... Ímpetos... Mergulhei na floresta...
No ilícito encontro de festa,
E com suaves deslizes na viajem!...

Tudo era leal e, na vantagem
Senti todo o Império da fresta!...
Ah!... Rosa úmida, graúna mestra...
Tomei as gotículas da tua imagem!

Amei as batidas do teu pulso;
No vai-vem morri em cada impulso...
Tenho tua marca de bronze na relva!...

Naquela noite, — únicos... Âncoras!...
Tomei a taça de mel; cheio de âmbar!
Anelei em teu corpo: — Bela Selva!...


Machado de Carlos


2 comentários:

  1. Meu querido amigo Carlos,

    Em primeiro lugar quero parabenizá-lo pela ideia do novo Blog.
    A imagem da entrada é belíssima.

    Recortei alguns trechos deste teu soneto para comentá-los com você.

    Bela metafóra que revela tua arte sensibilidade:

    "Ah!... Rosa úmida, graúna mestra...
    Tomei as gotículas da tua imagem!"

    Provocativo e verdadeiro, o sexo é uma pequena morte da qual renascemos:

    "No vai-vem morri em cada impulso..."

    Feliz por ter mais este espaço para acompanhar teu poetizar.
    Vou voltar para ler cada soneto com calma.

    Estás nas páginas dos meus dois Blogs, enriquecendo-os.

    Forte abraço,

    ResponderExcluir